Famílias com renda de até R$ 8 mil podem ser beneficiadas com o lançamento do Minha Casa Minha Vida Cidades, o que inclui até mesmo zerar o valor de entrada para a compra de um imóvel. A portaria de criação da modalidade, divulgada pelo governo federal, depende do alinhamento do subsídio federal aos incentivos estaduais e municipais.
Esta é a faixa de renda mais alta já contemplada na história do MCMV, incluindo também a fase sob a roupagem de Casa Verde Amarela. De acordo com o ministro das Cidades, Jader Filho, a conta inclui a soma dos subsídios do MCMV, que podem chegar até R$ 55 mil, com os incentivos concedidos por estados e municípios, o que, segundo ele, "pode zerar o valor da entrada e reduzir o valor das parcelas do financiamento habitacional".
A novidade é um tempero a mais na expectativa de boa fase para o mercado imobiliário. O otimismo dos empresários do setor dobrou em 6 meses, segundo levantamento da consultoria Brain e do GRI Club. Entre os líderes de grandes empresas do setor, 69% acreditam que o cenário será melhor ou muito melhor nos próximos 12 meses, em comparação com os 12 meses anteriores. No primeiro trimestre de 2023, a parcela de otimistas era de apenas 31%.
O ponto de atenção para o avanço do setor é o crédito. 37% dos participantes da pesquisa afirmaram que o acesso limitado aos financiamentos é a principal dificuldade enfrentada neste momento. Em seguida, os custos de produção aparecem como desafio, com 25% de citações.
Apesar disso, as liberações da Caixa bateram recorde no terceiro trimestre de 2023, com crescimento de 13% na comparação com igual período do ano passado. Parte desta aceleração se deve, justamente, à retomada do Minha Casa Minha Vida, que agora ganha novo fôlego. A entrada no último trimestre do ano, porém, deixa o mercado tradicionalmente em estado de alerta, já que os recursos de financiamento reservados para o ano se aproximam do fim.
